top of page

Elpídio dos Santos

Um certo Elpídio

 

Elpídio dos Santos foi músico de várias invenções: tocador de violão, criador de valsas, sambas e dobrados. Mas antes disso foi criança, nascido a 14 de janeiro de 1909, em São Luiz do Paraitigna. Já aos 10 anos Elpídio tocava na banda Santa Cecília (Banda dos Ursos), cujo mestre era seu pai. Ali se familiarizou com todos os instrumentos para substituir os músicos que faltassem. Entre todos os instrumentos que conheceu ao longo de sua vida, o violão sempre foi sua predileção.

 

Músico precoce, agora adulto, Elpídio também foi bancário. Casado, de mudança para a capital, em 1956, prosseguiu sua vivência musical. Estudou canto orfeônico no Conservatório Paulista, formando-se em 1959. Lecionou em São Paulo no SESC do Carmo e na Escola 7 de Setembro e, de volta a São Luiz do Paraitigna prosseguiu sua docência na Escola Municipal de Música de Taubaté (atual Escola Municipal Fego Camargo), na Escola Estadual Monsenhor Ignácio Gioia e na Escola Municipal João Ebran, estas duas em São Luiz.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Elpídio era sempre requisitado por Mazzaropi para produzir musicas-tema de seus filmes. Essa parceria durou toda uma vida e produziu 24 músicas para 22 filmes, terminado com a morte de Elpídio a 3 de setembro de 1970. Elpídio ainda foi parceiro e amigo de músicos como Fego Camargo, Dilermando Reis, Cascatinha Inhana, Mario Zan, entre tantos outros.

 

Compositor profícuo, Elpídio contribuiu com sua música para a formação e o enriquecimento de um repertório ao mesmo tempo caipira e diversificado que pode ser compreendido como uma reflexão acerca de uma identidade em transformação, numa época marcada pelo intenso êxodo rural.

 

A obra de Elpídio segue sendo cantada e tocada atualmente, por autores como Renato e Chico Teixeira, Almir e Gabriel Sater, Fafá e Mariana Belém, Zeca Baleiro, Zé Geral, Camilo Frade além de seu filho Negão dos Santos e Grupo Paranga.

bottom of page