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“Este livro é o meu tesouro. Dedico-o aos meus entes queridos (mãe, mulher e filhos) pedindo que o conservem com carinho, porque nele existe um pedaço de mim que viverá para os meus depois do meu desaparecimento da face da terra.

Elpídio,

São Paulo, 2 de Fevereiro de 1963.”

 

Com essa dedicatória Elpídio deixa 133 músicas registradas em um caderno escrito de próprio punho. Todas elas possuem a data de composição, por quem e quando foram gravadas e outras observações.

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Elpídio nasceu em 14 de janeiro de 1909 e quando de seu falecimento, em 3 de setembro de 1970, não se sabia ao certo de que tesouro se tratava.  Os anos se passaram e a cada conversa com os amigos, a cada musica cantada, a cada composição regravada ou remasterizada esse tesouro foi se revelando.

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Trata-se de um tesouro ímpar, um bem que quanto mais dividido mais cresce, porque inspira novas iniciativas musicais, espelha novas experiências artísticas que nos distinguem, nos diferenciam, nos faz particulares, donos de nossa história. Um bem que quanto mais mostrado mais brilha com cada nova interpretação, cada novo arranjo e se refaz a cada voz, a cada instrumento.

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As palavras de Elpídio soam hoje como profecia. Ele desapareceu da face da terra, mas está mais presente do que nunca em sua obra que certamente será perpetuada.

 

Em 2001 foi criado o IES – Instituto Elpidio dos Santos, entidade instituída com os objetivos de promover a cultura e a conservação do patrimônio histórico musical, divulgar a obra de Elpídio dos Santos e de outros compositores da região do Vale do Paraíba e implementar projetos de musicalização. Dessa forma, pretende-se contribuir com a educação e a cultura de São Luiz do Paraitinga e do Brasil.